Fonte: IDG Now!
Se o mundo da tecnologia fosse dividido em metades, Google e Microsoft estariam em extremos opostos, segundo análise da consultoria Intebrand, que elege as 100 maiores marcas do mercado em parceria com a revista BusinessWeek. No estudo deste ano, a Microsoft manteve sua posição de segunda marca mais valiosa do planeta, logo atrás da gigante Coca-Cola, que é a maior marca mais valiosa do mundo, e com um valor de mercado de quase 60 bilhões de dólares. Porém, apesar de ter se mantido em segundo lugar, a Microsoft perdeu 5% do seu valor de mercado. Segundo o diretor geral da Interbrand no Brasil, Alejandro Pinedo, isso se deve a uma combinação de fatores que incluem o anúncio de que o Bill Gates se afastará do dia a dia das operações da empresa, o crescimento na adoção do Linux - especialmente em economias emergentes -, o atraso na data de lançamento do Windows Vista, novo sistema operacional da Microsoft e os problemas da companhia na Europa com reclamações de antitruste.Em outras palavras, um dos fatores que prejudicam o valor da Microsoft como marca é a percepção de que ela é uma grande corporação que de certa forma devora os concorrentes. Por outro lado, a marca que mais cresceu em relação ao ano passado foi o Google, que representa o oposto da Microsoft. O Google teve um aumento de 46% no seu valor e saltou da 38ª para a 24ª, ganhando 14 posições. “O Google tem uma postura anticorporativa e de empresa que não faz o mau, além de já ter se consolidado como sinônimo de busca até mesmo no dicionário”, destaca Pinedo.
Apesar do antagonismo na postura empresarial, as duas empresas compartilham cada vez mais os mesmos mercados, disputando na área de internet - onde o Google leva a vantagem de ter o maior serviço de buscas do mundo - e de aplicações, onde a Microsoft tem o peso da tradição a seu favor. “O Google tem tudo para se tornar uma das maiores marcas do mundo”, avalia Pinedo.