Operações bancárias pela Internet cresceram 50% em 2005. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostram que foram 5,8 bilhões de transações por meio do Internet banking, sendo mais da metade das operações - cerca de 3,1 bilhões - feitas por pessoas físicas. Mas com o crescimento, reconhecem os próprios bancos, vem a preocupação com aumento de fraudes.
Hoje, garantem especialistas, o meio mais seguro para evitar a ação de fraudadores nas operações eletrônicas é o uso da certificação digital - senha criptografada, que é praticamente impossível de ser decifrada por piratas virtuais. A certificação pode ser obtida por qualquer internauta e o sistema funciona por meio de cartão e leitora, que é instalada no computador do usuário.
"A certificação digital surgiu a partir de tecnologia de criptografia assimétrica, e tem por objetivo identificar, de forma única e inequívoca, uma pessoa na Internet ou em uma rede de computadores", explica o coordenador do Comitê de Certificação Digital da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), Igor Rocha.
Segundo ele, não há como fazer a clonagem da identificação, mesmo que o usuário tenha seu computador invadido por vírus. "Não há como ler a senha, como ter acesso às informações que estiverem sendo trocadas entre o internauta e o banco."
O sistema pode ser usado também para compra e venda de produtos do governo, comunicação com sites oficiais como o da Receita Federal, operações de câmbio e acesso a processos judiciais.
"A certificação funciona também como uma cédula de identidade digital, e as operações efetuadas têm valor igual a um papel assinado de próprio punho. Assim, os documentos têm validade jurídica", destaca Rocha.
O custo para adquirir certificação digital, que tem validade por dois anos, é de cerca de R$ 400. A tecnologia é comercializada pelas autoridades de registro, que precisam de autorização do governo federal para atuar e devem obedecer a série de critérios. No Rio, a certificação digital pode ser obtida no escritório da Serasa, na CertiSign, no Serpro e na Federação Nacional de Corretores de Seguro (Fenacor).
"O custo do sistema ainda é relativamente alto, mesmo diluindo o valor em 24 meses, que é o prazo de validade. Mas a tendência é o preço diminuir, à medida em que o número de usuários aumente. Em pouco tempo, praticamente todos terão a certificação digital, assim como ocorreu com telefone celular", diz o coordenador do Comitê de Certificação Digital da Camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico), Igor Rocha. Para adquirir a tecnologia, o interessado deve apresentar documentos originais.
FONTE: O Dia