Fonte: Gazeta Mercantil / Invertia
A Kia Motors do Brasil tenta se livrar da imagem da Besta. A empresa quer se apresentar ao mercado como montadora que tem bons carros em vários segmentos - não só o de vans. Principalmente agora em que não mais conta com a Besta, que desde setembro do ano passado deixou de ser comercializada no Brasil por ter a produção interrompida na Coréia.
"A maioria das pessoas liga a marca apenas à Besta. Não sabe que a empresa deu um salto de qualidade", disse o presidente da Kia, José Luiz Gandini.
Ele prevê uma nova era de crescimento para a marca no Brasil. Ele diz que, tirada a Besta das contas, a Kia terá aumento de vendas neste ano de 120%. Em 2005, foram comercializadas 3,12 mil unidades ou 1.949 sem a antiga van. Neste ano, estão projetadas vendas de 4,3 mil carros. Para o ano que vem, serão 5,4 mil unidades, um crescimento sobre este ano de 25%.
Para reposicionar a marca no Brasil, Gandini diz que contratou novos diretores - vendas, planejamento, peças e atendimento - e está substituindo revendedores que não estão alinhados com a nova proposta da Kia no Brasil. Ele disse que 12 concessionários estão sendo trocados e que dois novos serão incorporados. Nos próximos 40 dias, ele terá 58 revendedores por todo o território nacional engajados com a nova filosofia de público e vendas.
Gandini anunciou que também está indo para a mídia alternativa para atingir um consumidor de melhor poder aquisitivo. Ele agora patrocina peça de teatro, festivais de música, em Campos do Jordão (SP), e cinema em Gramado (RS), para mostrar os novos produtos. Um deles foi apresentado ontem. É o sedã Magentis, que chega aqui por R$ 69,9 mil, câmbio automático e motor de 145cv.
O presidente da Kia disse que não há interesse dos coreanos em produzir no Brasil.
A luta da marca é baixar a alíquota de importação, hoje de 35%. Com isso, estimam que poderiam alcançar 2% do mercado brasileiro, o que daria 30 mil carros.